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Live Coming Out & Family

No, dia 29 de junho de 2022, assinalámos o Dia Internacional do Orgulho LGBTI+ (28 de junho) e o 1º aniversário do bússola (30 de junho) da melhor forma: uma Live no Instagram da @somoscpf com uma convidada especial, a Sara Malcato. Estivemos à conversa sobre “Coming Out” e Família.

A Sara Malcato é Psicóloga e Coordenadora do Serviço de Apoio Psicológico da ILGA (https://ilga-portugal.pt) e com muita experiência profissional sobre o tema.

No processo de “coming out” ou “sair do armário” podem surgir muitas dúvidas quer por parte das famílias, quer por parte de jovens. Para ajudar a esclarecer algumas dessas dúvidas, conversámos de forma descontraída, respondendo a algumas questões que nos foram chegando.

Assumir uma orientação sexual diferente da maioria heterossexual (atração romântica e/ou sexual entre pessoas do sexo ou género oposto), ou assumir uma identidade de género diferente da maioria cisgénero (pessoa que se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu), pode ser uma experiência difícil.

É natural que surjam muitas dúvidas, medo da rejeição e momentos de angústia. Se por um lado jovens podem confrontar-se com estas situações, por outro também as famílias podem necessitar de ajuda de profissionais para conseguirem lidar da melhor forma com as mesmas e promoverem um clima de conforto e apoio ao filho ou à filha.

Abordámos algumas questões para elucidar famílias que estivessem a assistir:

O meu filho agora diz que é gay/lésbica? Não será apenas fase ou a demonstrar que é rebelde só para nos contrariar?

Por vezes a família procura uma explicação e vão adiando a situação dizendo que “é só uma fase”. Numa sociedade LGBTIfóbica, a família pode entender que não passam de comportamentos de confronto. Aconselhamos a que procure apoiar o seu filho/a sua filha, pois a orientação sexual não é uma fase, nem algo que muda como se de uma escolha se tratasse.

O melhor será marcar uma consulta e levar a minha filha/o meu filho a uma consulta?

A procura de apoio psicológico nunca deve ter como objetivo a mudança da orientação sexual, pois esta não é uma doença nem uma escolha da sua filha/do seu filho que lhe disse que é lésbica/gay. Pode sim beneficiar de apoio psicológico por outras razões, assim como a família também poderá beneficiar de ajuda para conseguir melhor apoiar e respeitar a sua filha/o seu filho.

Como é que vou contar à restante família?

Respeite o tempo do seu filho/sua filha. Respeite também o seu tempo. A vossa cumplicidade deve prevalecer e decidirem em conjunto a quem e quando devem contar. Se correr bem e sem rejeição, a família é um suporte muito importante. Caso não corra pelo melhor com algum elemento, pelo menos o seu filho/a sua filha sabe que pode contar convosco.

Se o vosso filho/ a vossa filha faz um “coming out” convosco, enquanto mãe e/ou pai devem ter em atenção os seguintes aspetos:

  • Não ignore a situação, nem faça de conta que não se passou nada;
  • Demonstre disponibilidade para conversar com o seu filho/ a sua filha sobre a sua sexualidade e relações amorosas;
  • Não julgue, nem demonstre rejeição por achar que o seu filho/ a sua filha é diferente do que esperava;
  • Procure ajuda profissional e/ou recursos informativos através de associações cuja intervenção é nesta área;
  • Ajudar o seu filho/a sua filha a ultrapassar os receios e a viver a vida na sua plenitude.

Para qualquer esclarecimento ou apoio psicológico pode contactar o gabinete bússola da Casa do Povo de Fermentões através dos seguintes contactos: 

bussola@somoscpf.pt

+351 915 986 853

Pode assistir à live através do link https://www.instagram.com/tv/CfZiUT_gT-Q/?igshid=MDJmNzVkMjY=

 

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